segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Relatório



A aplicação das atividades realizou-se nos dias 18, 19 e 21/08/09, nos horários entre às 07h30min até às 11h50min, na Unidade Integrada Roseana Sarney Murad, localizada na Rua 11, S/N, bairro São Francisco. As turmas trabalhadas foram a 5ª série D e as 6ª séries A e B.
Após alguns esclarecimentos feitos pela prof. Ivanilda D. C. Carvalho, alunos e professora deram início aos trabalhos.
Em um primeiro momento, a professora dividiu a turma em cinco grupos. Depois distribui cinco exemplos de gêneros textuais, um para cada grupo, com o seu respectivo questionário. Em seguida, iniciou-se a leitura dos textos e do questionário, com o objetivo de oferecer as informações necessárias aos alunos. Após isso, pediu aos alunos que lessem os textos e depois fizessem uma análise a partir dos questionamentos propostos.
Em um segundo momento, os alunos começaram a ler e a responder os questionamentos sobre o texto. A partir do momento, em que eles iam sentindo dificuldade, a professora ia explicando cada item do questionário, às vezes, exemplificando com outros gêneros textuais.
Essas atividades foram tiradas do caderno de Teoria e Prática da Unidade 09 e 10 do TP3, que trata dos gêneros textuais, seguindo as orientações do Professor Formador Antônio Sousa, sendo acrescentado apenas um gênero textual: a carta de leitor.
Em um terceiro momento, os alunos mostraram-se bastante interessados. Apesar da professora já vim trabalhando com gêneros e tipologias textuais em sala de aula, muitos alunos sentiram dificuldade em analisar os textos.

A Flexibilidade dos Gêneros Textuais



Os gêneros textuais são fenômenos históricos e estão vinculados à vida cultural e social. Eles vão surgindo de acordo com as necessidades de comunicação e as inovações tecnológicas, daí a sua flexibilidade. Por isso eles não são considerados instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa. Muito pelo contrário, os gêneros estão ligados diretamente ao contexto discursivo, caracterizam-se mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades lingüísticas e estruturais. Contribuem para ordenar as atividades comunicativas, direcionando, por exemplo, o trabalho do professor de língua portuguesa na leitura, compreensão e produção de textos.
Convém ressaltar que, hoje, são vários os gêneros textuais existentes, comparando-os com épocas anteriores. Devido ao surgimento das novas tecnologias da comunicação, no qual, o texto se apoia, exemplos, o rádio, a televisão, o jornal, a revista, o livro, o telefone, o celular, o gravador, e particularmente, o computador pessoal e a internet.
Esses novos gêneros surgem ancorados a gêneros já existentes, ou seja, mantêm com eles alguma semelhança, como o e-mail, correio eletrônico, gera mensagens eletrônicas que tem como seus antecessores a carta e o bilhete. Portanto, os gêneros textuais antigos vão se tornando obsoletos e substituídos por outros, com o surgimento de novas tecnologias. E como foi dito anteriormente, os gêneros são fenômenos históricos, ou seja, revelam os ideais e as concepções de um grupo social numa determinada época. Com isto, os novos gêneros por serem flexíveis, tendem a enfraquecer as fronteiras entre a linguagem oral e a escrita, integrando signos verbais, sons, imagens e formas em movimento.
Assim, os aspectos que podem servir de critério para a classificação de um novo gênero, são os aspectos formais (linguísticos, estilísticos) e funcionais (culturais), ligados ao canal usado para a comunicação.
Por fim, os gêneros textuais são artefatos culturais flexíveis, construídos historicamente pelo ser humano. Vale a pena considerar as discussões feitas até aqui, em defesa da abordagem textual a partir dos gêneros textuais, estes estão diretamente ligados ao ensino. O trabalho com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus diversos usos.